quarta-feira, 30 de março de 2011

Cabelo BomBril


Infelizmente a genética não me ajudou muito nessa vida.

Tenho o cabelo chenhenhém, afro, bombril, juba de leão louco e, depois de sofrer bullying na minha infância inteira ( “Ei cabelo de bombril! -  Elba Ramalho – Nega do cabelo duro que não gosta de pentear...”),  virei escrava dos alisamentos.

Minha aparência e minha auto-estima melhoraram 47693874693875%, mas em compensação o meu bolso... Salão, secador, chapinha, conta de luz... haja grana!


Meu cabelo passou de pixaim a cabelo de açúcar (porque se molhar se desfaz), e isso as vezes vai enchendo o saco. Depois de 13 anos alisando o cabelo eu REALMENTE pensei em deixar ele crescer ao natural e assumir o crespo.


Comecei a fazer cálculos de quanto ia economizar tempo e dinheiro, fora isso, ia parecer mais estilosa. Perguntei a opinião dos amigos e das amigas, vi fotos de gurias com o cabelo afro e conversei com quem usa o cabelo assim.

Pra tirar a prova dos 9, fui em uma loja de perucas especializada (peruca de alto nível e cabelo de verdade), experimentei e vi como iria ficar com o cabelo afro.

RESULTADO: Fiquei horrível. Lembrei da minha infância traumática e juntando a pesquisa com a experiência cheguei a seguinte conclusão:

  1. Cabelo afro só fica bem em quem é artista (porque artista pode) e de preferência com pele negra.

  1. Homens não acham cabelo afro bonito (a não ser os negros e os admiradores da cultura negra)


  1. Todo mundo acha bonito, mas as mesmas pessoas que acham lindo fazem piadinhas de mal gosto (Se cair uma pedra amortece/ Imagina o tanto de coisa que tem aí dentro)

  1. Quando passa uma pessoa com cabelo afro na rua, todo mundo olha como se a pessoa fosse um ET.
  2. Vou ter que continuar correndo com um saco na cabeça quando chover


 

PS. Não me venha com esse papo de valorizar a beleza natural que ísso é papo de mulher feia, ou melhor, mulher sem dinheiro.

Pronto, falei!

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